ELISANDRO SALDANHA JOCHIMS

Santa Cruz do Sul, RS


Foi entregue o Certificado de Pós-graduação em Tecnologias e Educação a Distância ao aluno ELISANDRO SALDANHA JOCHIMS, pelo Dr. Firas Faris Rasheed Al-Kurdi.

O curso Tecnologias e Educação a Distância tem como principal objetivo proporcionar aos seus alunos o aprofundamento e a capacitação no âmbito das Tecnologias Educacionais, permitindo uma melhor aplicação dos seus conceitos durante a prática profissional.

Universo Sonoro Atual

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

A medida de pulso de uma música já teve o costume de ser medido pelo padrão de pulsação humana de 60 a 80 batidas por minuto. A intensidade da obra ou baixa intensidade estava de acordo com essa medida. Porém, conforme mudam as épocas somos influenciados de formas diferentes.
Com isso temos diferentes percepções como a música absoluta que se “refere à criação de formas musicais desvinculadas do ambiente externo, como por exemplo, a sonata, o quarteto, a sinfonia (...) e a música programática, com o propósito de imitar o ambiente.”
A partir do século XIX , a orquestra começou ampliar e complementar-se, visto que somente no início do século XX que se passou a integrar à música, também os ruídos com grande vitalidade rítmica. Por exemplo,  “compositores incluíram ruídos da cidade em suas obras, como os produzidos pelo bonde sobre os trilhos, a estridência das serras mecânicas, o estalido dos chicotes, as vozes da multidão (...).” Os sons ambientes  começaram a fazer partir das obras musicais.
Nossas preferências atuais agora recaem sobre os sons mais graves que não trazem consigo necessariamente a clareza e o foco de época anteriores, pois as ondas de baixa freqüência são mais escuras em qualidade e menos direcionadas no espaço, sendo que é comum ocasionarem mistura e difusão, o que não significa que não sejam bem apreciadas por um determinado público.
A linguagem musical na mídia e no cinema, por sua vez, apresenta-se como maleável e flexível sob disposição do diretor cinematográfico.  “A música como recurso do cinema, além das possibilidades sonoras tradicionais, utiliza os ruídos e o silêncio, podendo ser este último um elemento de grande expressividade,” dando sentido de reforço real às cenas para o espectador. Esses recursos, fazem grande diferença por seu uso desde 1927 com a introdução do cinema falado. No entanto, apenas em 1940 é que foi reconhecida a música no cinema como forma especializada nas obras musicais.
 “A música composta para uma produção dramática, filme, propaganda, programa de rádio ou televisão, ou que é usada nesses meios, chama-se música incidental, (...).” Nota-se igualmente a música nas produções do cinema de animação como elemento unificador psicoemocional, como por exemplo, na aplicabilidade da música especializada em filmes de época, espionagem ou faroeste. O conjunto desses sons e músicas é que compõem a tão conhecida sonoplastia que segue o roteiro.
A vida em sociedade tem demonstrado como o ser humano relaciona-se com o som. Por esse motivo chamada ecologia sonora surgiu com intuito de buscar equilíbrio e harmonia para que sejam fundamentais e de identidade à vida cotidiana com vistas ao melhor engajamento. A mesma relembra que o silêncio também faz parte desse processo com seus momentos de quietude.
               

Música Brasileira

 CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ


            Marcada por características colonizantes e com influência religiosa no primeiro império, a música brasileira teve longo processo desde as primeiras descobertas dos habitantes indígenas pela comunidade européia, a vinda dos povos africanos escravizados até fins do século XVII com o surgimento do ensino musical.
            “Em meados do século XVIII, os jesuítas do Rio de Janeiro, na fazenda Santa Cruz ensinavam o canto e a execução de instrumentos, conquistando excelentes resultados e surpreendendo D. João VI e muitos músicos profissionais.” O caráter europeu foi ainda mais marcado e reforçado no Rio de Janeiro com a chegada de Marcos Portugal, o maior compositor português da época, assim como o músico austríaco Sigismund Neukomm. Padre José Maurício Nunes Garcia foi o primeiro nome de destaque na música brasileira e professor de Manuel da Silva, autor da música do Hino Nacional.
            No segundo império (1840-1889) do Brasil “em 1841, Francisco Manuel da Silva fundou o conservatório de música do RS (hoje, escola nacional de música). Em 1857, D. Pedro II instalou a Academia Imperial de Música e Ópera Nacional. Foi uma época de muito brilho e deslumbre musical.” A perda do interesse pela música estrangeira deu-se com a instalação da República (1889) onde o público afastou-se da música estrangeira, de forma muito notória, e dos fabulosos espetáculos. Com isso, entre os anos de 1921 e 1935 foram criados a Sociedade de Concertos Sinfônicos e o Departamento Municipal de Cultura. O autor de destaque dessa época foi Antônio Carlos Gomes (1836-1896) com sua obra musical O Guarani ou Ópera II Guarany, extraída do romance de José de Alencar, muito famosa na Europa e América do Norte. Hoje ela é executada no programa diário de rádio conhecida como A Voz do Brasil. Entre os compositores dessa fase também encontra-se Chiquinha Gonzaga (1841-1935) e Ernesto Nazareth (1863-1934).
            No empenho pelo espírito nacionalista surgiu o nacionalismo musical para valorizar o espírito popular a partir de meados de 1800. Dos autores que se sobressaem da época encontra-se Heitor Villa Lobos (1887-1959). Algumas de suas obras mais conhecidas são: Canções Típicas brasileiras, Serestas, Uirapuru, Manducarará, Amazonas, trenzinho caipira etc.
            Das obras de gêneros musicais do Brasil ainda temos: a modinha, lundu, maxixe, tango brasileiro, choro, marcha, marcha-rancho; o samba, frevo, baião, maracatu, toada; a valsa, polca, bossa nova; o forró, reggae; a canção de protesto, axé-music, canções praieiras, canções tradicionais gaúchas. Enquanto que concernente aos artistas podemos citar os mais variados nomes, como por exemplo, Rita Lee, Djavan, Renato Russo, Jair Rodrigues, Luis Marenco, Chico César, Luís Gonzaga, Elba Ramalho, Adriana Calcanhoto, Gaúcho da fronteira, Gilberto Gil entre outros.

A Música Ocidental e sua História

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

É impossível conseguirmos olhar para uma obra musical ou ouvi-la sem a noção de processo histórico. A evolução da música agrega influência de seus contextos, o que não significa que ela esteja determinada pelo seu tempo.
Existe uma procura por sistematicidade na evolução da música. No entanto, alguns estilos manifestam-se antes de seus períodos, o que nem sempre é aceito ao primeiro momento, tal qual acontece também com as pinturas  “(...) a permanência de determinadas obras ao longo do tempo evidencia a sua autonomia e a densidade dos seus aspectos universais.”
Nossas obras musicais, assim como demais artes sempre estiveram a serviço de algum mantenedor ou instituição religiosa. Na idade média (500-1450), por exemplo, no período românico  “a arte não era feita para ser apreciada: era objeto de culto, com o propósito de ensinar e estimular a fé, compelindo o indivíduo à religiosidade.” O autor que destaca-se nessa época foi o monge Guido d’Arezzo, grande teórico da música sendo que arte a vocal era predominate (século XIII e XIV).
Com o objetivo de humanizar as artes surgiu o período renascentista (XIV a XVI), onde o ser humano voltou a ser ‘o centro e medida de todas as coisas.’ Nesse período  “(...) a música transformou-se em um laço entre o povo e religião, criando uma familiaridade que favorecia a aproximação com a fé.” Através de Martinho Lutero há mais valorização à riqueza da polifonia horizontal, sendo que melodias populares foram adaptadas aos corais sacros da época e os instrumentos fizeram-se mais presentes.
Entre 1600 a 1750 inicia-se o período Barroco onde há vários estilos musicais crescentes em diversidade de instrumentos e formação de orquestra, onde surge também o solista e o conceito de melodia acompanhada. Destaca-se aqui, o músico Vivaldi (1678-1828), a música é o estilo que sucede o Barroco e tornou-se mais simples, sem muito rebuscamentos, preferindo reforçar a linha melódica principal com clareza e elegância.
Entre 1810 e 1910 no período do romantismo surgido na Alemanha, passou a ser adotado pelos músicos, designando novo estilo de composição como arte de expressar os sentimentos por meio de sons. Também surgiu nessa época a busca da identidade nacional (folclore). Enfim, o modernismo, na primeira metada do século XX nas artes influencia a música rompendo com formas tradicionais e clássicas, valorizando estados de espírito e emoções através do impressionismo e expressionismo, assim como o Dodecafonismo, etc.
Os compositores que se destacaram dessa época são: Igor Stravinsky, Maurice Ravel, Arnold Schoenberg  e  Heitor Villa-Lobos, entre outros artistas renomados.


Gêneros, Formas e Estilos Musicais

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

            Na composição de musicas e melodias existe uma vasta variedade de gêneros, formas e estilos. Conhece-los um pouco mais vem a ser um pré-requisito para quem que vir a se aventurar nesse mundo tão presente em nosso dia-a-dia.
             “Alguns desses gêneros são definidos por região geografia, como a música brasileira, indiana ou argentina. Outra maneira de agrupar as composições é considerar a ordem cronológica dos períodos da história ocidental, como renascença, barroco, clássico, etc. Ou então os modos de composição como concerto, ópera, sinfonia, etc. Outras categorias referem-se aos estilos, como rock, pop-rock, rap, reggae, jazz, valsa, samba, tango, música eletrônica, new age, etc.”
            Como cada artista possui um fundamento sonoro e um sistema de construção de sua  arte musical é muito importante descobrimos as raízes e intenções do músico quando o apreciamos, pois nessa arte há expressão de idéias que dá a forma ao que está sendo expresso.
            Dois elementos usados na composição são: repetição e contraste cuja descrição dá-se por elementos básicos usados para dar forma à composição. A primeira trata de encadear a música pela repetição de idéias e a segunda trata da composição de sons ou da oposição de sons, diferentes padrões sonoros. Entre eles podemos elencar: Ritmo, Altura, Andamento, Dinâmica, Caráter, Harmonia, Timbre, Silêncio, etc.
            Entre as formas musicais destacam-se a Abertura (introdução a uma obra lírica); Concerto para solista  “(...) composição instrumental em que há um diálogo, mesmo de oposição entre um ou vários instrumentos e o conjunto da orquestra;” O Conceito Imperador, com tonalidade em Mi bemol, de Beethoven, para exprimir idéia de grandeza ou sugerir idéia de poder; A dança (peça de concerto, inspirada em ritmos de dança); como a valsa que  “deriva de danças camponesas alemãs e austríacas, surgiu no século XVIII e somente no século XIX teve seu sucesso.” Destacam-se ainda a polonaise, polca, mazuca, tango, samba, etc, como formas de dança. Já o poema sinfônico é determinado por idéia ou motivo extramusical descritivo ou poético, conhecido como música programática, enquanto que a  “sonata é uma peça quase sempre instrumental geralmente em vários movimentos para um solista ou grupo (...) surgiu no século XVI.” Por fim, a sinfonia, que significa reunião de sons marcados primeiro, segundo, terceiro movimento e movimento final.
            No gêneros e estilos populares se tem a dança afro-brasileira: O samba, o Choro com ritmo agitado e alegre; a Bossa Nova, o Baião, Rock’n Roll provindo dos EUA (1950) e 1970 o Rap, antecedido pelo Blues e Gospel, tendo seu auge em Nova York. E depois, o mesmo transformou-se em Hip-Hop que significa mexer os quadris, devido seu ritmo, dinâmica e velocidade corporal jovial.

Gêneros, Formas e Estilos Musicais

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

            Na composição de musicas e melodias existe uma vasta variedade de gêneros, formas e estilos. Conhece-los um pouco mais vem a ser um pré-requisito para quem que vir a se aventurar nesse mundo tão presente em nosso dia-a-dia.
             “Alguns desses gêneros são definidos por região geografia, como a música brasileira, indiana ou argentina. Outra maneira de agrupar as composições é considerar a ordem cronológica dos períodos da história ocidental, como renascença, barroco, clássico, etc. Ou então os modos de composição como concerto, ópera, sinfonia, etc. Outras categorias referem-se aos estilos, como rock, pop-rock, rap, reggae, jazz, valsa, samba, tango, música eletrônica, new age, etc.”
            Como cada artista possui um fundamento sonoro e um sistema de construção de sua  arte musical é muito importante descobrimos as raízes e intenções do músico quando o apreciamos, pois nessa arte há expressão de idéias que dá a forma ao que está sendo expresso.
            Dois elementos usados na composição são: repetição e contraste cuja descrição dá-se por elementos básicos usados para dar forma à composição. A primeira trata de encadear a música pela repetição de idéias e a segunda trata da composição de sons ou da oposição de sons, diferentes padrões sonoros. Entre eles podemos elencar: Ritmo, Altura, Andamento, Dinâmica, Caráter, Harmonia, Timbre, Silêncio, etc.
            Entre as formas musicais destacam-se a Abertura (introdução a uma obra lírica); Concerto para solista  “(...) composição instrumental em que há um diálogo, mesmo de oposição entre um ou vários instrumentos e o conjunto da orquestra;” O Conceito Imperador, com tonalidade em Mi bemol, de Beethoven, para exprimir idéia de grandeza ou sugerir idéia de poder; A dança (peça de concerto, inspirada em ritmos de dança); como a valsa que  “deriva de danças camponesas alemãs e austríacas, surgiu no século XVIII e somente no século XIX teve seu sucesso.” Destacam-se ainda a polonaise, polca, mazuca, tango, samba, etc, como formas de dança. Já o poema sinfônico é determinado por idéia ou motivo extramusical descritivo ou poético, conhecido como música programática, enquanto que a  “sonata é uma peça quase sempre instrumental geralmente em vários movimentos para um solista ou grupo (...) surgiu no século XVI.” Por fim, a sinfonia, que significa reunião de sons marcados primeiro, segundo, terceiro movimento e movimento final.
            No gêneros e estilos populares se tem a dança afro-brasileira: O samba, o Choro com ritmo agitado e alegre; a Bossa Nova, o Baião, Rock’n Roll provindo dos EUA (1950) e 1970 o Rap, antecedido pelo Blues e Gospel, tendo seu auge em Nova York. E depois, o mesmo transformou-se em Hip-Hop que significa mexer os quadris, devido seu ritmo, dinâmica e velocidade corporal jovial.

Vozes que Cantam

 CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ


            A arte do canto ou de cantar é apreciada com euforia quando alguém consegue emitir a voz e expressar semelhanças com o que sentimos. No entanto, a voz humana, sua produção, técnicas e classificações estendem-se além do mero deleite de quem ouve uma simples melodia.
             “Na fala, geralmente são usados cinco tons, também podendo chegar a oito tons na de um declamador ou ator. Um grande cantor consegue emitir, geralmente, de 16 a 24 tons.” Nossa voz é emitida através de um conjunto de fatores, porém, principalmente pela vibração das cordas vocais. Em nossa anatomia, nesse processo temos, a faringe, cordas vocais, traquéia, pulmão, diafragma para expiração e inspiração. É importante saber que é a respiração diafragmática que dá o melhor sustento à produção da voz falada, declamada e cantada.
             “Quando inspiramos, o ar entra para os nossos pulmões, que se enchem. Na expiração (quando o ar é expelido), as pregas vocais cartilaginosas, situadas no interior da laringe, abrem-se e vibram com a passagem do ar. Quando os sons agudos, as cordas vocais se aproximam e se esticam: nos sons mais graves, elas se afrouxam.”
            Os tipos de vozes classificam-se basicamente por gênero, enquanto masculino e feminino, visto que a primeira tem sua freqüência e variação entre 80 a 500 vibrações por segundo, enquanto que a segunda varia de 200 a 1.400, até mais.
            Outros aspectos ligados a essa atividade humana são observados de forma técnica para uma melhor execução: a postura do corpo para que a região toráxica esteja livre à respiração, a articulação vocal para um melhor desempenho da dicção no momento de expressar/ comunicar-se, e a ressonância com suas características de produção de som (toráxico, bucal e nasal).
            Em si,  “as vozes humanas podem ser classificadas, assim como os instrumentos musicais, pelo seu registro: graves, médios e agudos. O espaço de alcance em que uma voz pode cantar, correspondendo à extensão  do som mais grave até o som mais agudo, é chamado tessitura vocal. Cada tipo de voz tem a sua própria tessitura.” Nas variações de timbres femininos temos a soprano (voz aguda), meio-soprano (voz média), contralto (voz grave). Nos timbres masculinos temos o Tenor (voz aguda), Barítono (voz média) e Baixo (voz grave). Também há vozes de timbre popular como a MPB (música popular brasileira), assim como as vozes de músicas com o Jazz, dentre as expressões vocais existentes e conhecidas nos mais variados gêneros musicais em nossa cultura.

A orquestra e seus Instrumentos

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

                Ao nos depararmos com uma orquestra começamos a nos admirar com sua sintonia e encanto dos instrumentos. Porém, de onde surgiu essa atividade e como ela se organiza?
                A palavra orquestra tem origem grega e significa “lugar para dançar”, pois na Grécia, no século V a. C ,  eram encenados espetáculos ao ar livre chamados anfitearos onde os instrumentistas ficavam sobre o palco. Somente no século XVII (início do Barroco) é que foi criada a ópera em Florença. Com isso a palavra foi suada para indicar o lugar dos instrumentistas nos bastidores, depois, para designar o grupo de músicos e por fim, o conjunto de instrumentos utilizados por esses músicos. A distribuição desses objetos no palco ficou conhecido pela disposição dos naipes (tipos de instrumentos). Eles apresentam-se, então, da seguinte forma. Primeiro pode-se notar o regente, que conduz a orquestra, e após o naipe de cordas; logo após, o naipe de madeiras, seguido do naipe de metais e finalmente o naipe de percussão. Essa disposição garante a ordem das emissões dos sons conforme o tamanho dos objetos apoiados por elevações de palco a cada naipe. A composição, então é basicamente de quatro grupos: cordas, madeiras, metais e percussão. A orquestra ainda é diferenciada entre sinfônica e harmônica, sendo que a primeira é mantida pela instituição pública e a segunda por iniciativa privada (amigos da música), o que se difere em muito da orquestra de câmera que surgiu para ser tocada nos salões das casas reais ou aristocráticas.
                 “O tamanho da orquestra pode variar, dependendo da peça musical e das indicações colocadas pelo compositor para o seu uso.” Antecedendo uma apresentação podemos notar a afinação dos instrumentos para que a harmonia da seja feita com excelência. Existe um objeto metálico, em forma de forquilha que auxilia na afinação dos instrumentos ou vozes através da sua vibração em determinada altura. “ Essa forquilha é afinada na freqüência mais usual da nota Lá, que é de 440 Hz.” Em si, o alicerce da orquestra são as cordas, pois participam com mais da metade da peça e são muito presentes na maioria das peças musicais. No seu grupo encontramos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. Isso não significa que os demais naipes não tenham importância, pois têm, é claro.
Para que tudo flua é necessário a partitura (regida pelo maestro). “Nela estão as notas da música a serem tocadas, as pausas (silêncios), os sinais que indicam se os sons devem ser fortes ou fracos, a velocidade da execução e tantos outros detalhes.”

Instrumentos Musicais

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

Saber como os sons são produzidos através dos séculos é uma questão de estudo. Os instrumentos musicais e seus recursos eletrônicos vieram com o tempo e a música, então, ganhou asas, através da revolução tecnológica do século XX.
Os instrumentos musicais são feitos com o objetivo de emitir som extrair música e há diferentes formas de agrupá-los. Os instrumentos classificados nesse estudo estão de acordo com a organologia (Heric Moritz Von Hornbostel e Curt Sachs) que pesquisa a origem, a cultura diversa dos instrumentos, assim como seu desenvolvimento histórico e aplicações musicais. No grupo dos idiofones temos as clavas (também conhecidas como pauzinhos), o caxixi (chocalho-cesto de palha com sementes dentro), a Maracas (‘cabeça’ oca com sementes e cabo para mão), triângulo (aço ou alumínio com bastão para percussão), Agogô (cones metálicos com baquetas), Ganzá (cilindro de metal ou plástico com sementes ou areia dentro), Reco-reco (madeira, plástico, metal ou misto de raspagem de vareta sobre saliências), Xilofone (placas de madeira dispostas com teclado de piano e duas baquetas), Glockenspiel (‘toque de sinos’: placas de aço de tamanhos graduados, dispostas com teclado de piano e baquetas com cabeças de diferentes materiais conforme o som que se queira extrair) e o Carrilhão (composto de tubos de aço ocos, dispostos em gradação de comprimento para produzir sons de diferentes alturas com baqueta de madeira).
Nesses grupos ainda tem-se os membrafones que caracterizam-se basicamente por percursão do som por meio da vibração das membranas estendidas, tais como, pandeiro, tamborim, surdo, caixa, bombo, etc. Os aerofones que produzem som pela vibração do ar emitida através da passagem das arestas ou  palhetas. Também são conhecidos como instrumentos de sopro, tais como, o trompeti, saxofone, flautas, gaitas ou acordeões e órgão. E os cordofones, como indica o prefixo são os instrumentos que produzem som pela vibração de uma ou mais cordas tensionadas. Entre os mais conhecidos encontram-se o violão, o cavaquinho, a viola, o banho, etc.
Tem-se no processamento de som, em relação aos diferentes instrumentos, os recursos eletrônicos de captação, amplificação e reprodução. Os processadores de som realçam as qualidades ou efeitos do som. Eles apresentam-se como: chorus, compressores, distorcedores, equalizadores, flanger ou phaser e Eco. A repetição do som, feita ‘de fundo’ e meio segundo depois do original nas músicas é feito pela reverberação e delay, mais conhecido pelo eco da repetição. Nessa lista segue também a bateria eletrônica, a guitarra e seus vários tipos e estilos, assim como o contrabaixo, o piano digital e o teclado eletrônico.
Por fim  “ a revolução tecnológica nos sistemas de gravação e digitalização da informação, iniciado na década de 1980, provocou mudanças importantes nas formas de trabalhar com a música. O surgimento do sampler, do seqüenciador e do sintetizador possibilitou ao músico atuar ao mesmo tempo nas funções de composição, processamento e execução” no próprio estúdio, o que antes, não era possível de ser realizado.

Notação Musical

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

Na notação musical é importante observar suas características no som e seus elementos gráficos para um melhor entendimento do que  escutamos enquanto música ou melodia.
O som tem basicamente elementos que são classificados em sua altura, duração, intensidade e timbre. Na altura temos a medição do grave, médio e agudo. Na duração, o tempo que o som gasta para soar. No aspecto da intensidade temos o volume que é usado para ressaltar uma passagem musical. E quanto ao timbre ele se refere à qualidade ou o colorido de um som.  “ É importante acrescentar que todas essas características apresentam-se ao mesmo tempo, indicando a altura, a duração, a intensidade e o timbre do som que se está ouvindo.”
Já nos elementos gráficos da escrita musical temos a definição de registros de som a que denominamos notação musical. Os primeiros manuscritos com sistema de notação musical são dos séculos VIII e IX. Os primeiros registros eram baseados nas letras do alfabeto (de A a H) no século X, visto que as notas que conhecemos hoje surgiram cem anos mais tarde, já que apenas no século XI foi criada a pauta de quatro linhas. No entanto a  “pauta musical ou pentagrama é o conjunto de cinco linhas horizontais, paralelas e eqüidistantes, formando entre si quatro espaços contados de baixo para cima. Serve para escrever a música.” A escrita das notas musicais se dá, tanto nas linhas, quanto nos espaços oreintadas pelas claves ou em outras palvras, a letra maiúscula da escala. As mais conhecidas são as claves de sol, Dó e Fá. Elas são responsáveis por definirem claramente à altura musical.  “As claves mais usadas são a de Fá e a de Sol. A clave de Dó é a menos usada.”
No conjunto de cinco linhas e quatro espaços de pauta, apenas nove notas podem ser grafadas, sendo que , para haver mais notas é preciso ser marcado linhas suplementares que podem ser superiores ou inferiores. Já o formato da nota (semibreve, mínima, semínima, colcheia, fusa ou semifusa) serve tanto para representar o som, quanto à pausa na música, que possui representações diferentes para cada duração de nota: 1, ½, ¼, 1/8...etc.
Os travessões ou barras (traços verticais) de compasso servem para dividir um trecho musical em valores temporais e regulares, utilizando as notas e as pausas. Sua representação é feita no início da peça musical, após a clave. Porém, vale lembrar a escala que indica a série de sons em movimentos ascendentes ou descendentes.  “Há dois tipos de escala na base da maioria das músicas mais ouvidas atualmente: a escala maior e a escala menor.”

A música e seus elementos básicos

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

Das primeiras manifestações musicais à definição da música e seus elementos básicos, constatamos que quanto maior o conhecimento, maior a apreciação através dos discernimentos provindos de seu estudo.
Nas manifestações humanas em nossa história o ser humano, desde o princípio começou usar sons para exteriorizar pensamentos, emoções e comunicar-se. Os materiais eram rústicos e desprovidos de refinamento. Eram tais como ossos, conchas, madeiras, sementes, pedras, bambus etc.  “Com a evolução, ele procurou agrupar diferentes tipos de sons que tivessem relações entre si, formando uma harmonia sonora.” Porém, apesar de pouco melodiosos, garantiam, através de ritmos, o aspecto socializante do coletivo que se dava em torno da família e tribo. Somente após o surgimento da linguagem é que o canto foi associado aos sons e ritmos, cerca de 9000 antes de Cristo.  “A partir desse período, com as ferramentas de pedra polida, foi possível fabricar objetos sonoros afinados na altura desejada, permitindo então o desenvolvimento de uma civilização musical.”
A música possui uma evolução histórica e portanto diferentes tipos de classificações como: clássica, folclórica, incidental, programática, etc. Foi na Grécia, berço ocidental, que surgiram as primeiras manifestações de um público consciente, tornando-se erudita e cada vez mais complexa, tendo culminância de expressão nos séculos XVII e XVIII em teatros de óperas e concertos públicos.  “Muitas atividades estão desenvolvidas na arte musical, como a criatividade do compositor, a elaboração e construção dos instrumentos musicais, a dedicação e o estudo dos intérpretes para executar as obras, a formação das  orquestras, as salas de concerto”, (...) etc. A escrita da música é universal. E a partitura é o nome que se dá ao registro do conjunto de notas de uma determinada melodia. Seus sinais gráficos podem mudar de configuração conforme a época de um compositor em grafar seu estilo musical.
Os elementos básicos da música caracterizam-se quanto a movimentos sonoros, ritmos diferenciados, harmonia, melodia. Mas essencialmente são melodia, ritmo e harmonia e todos são interdependentes. A melodia mantém a característica da cantabilidade, pois apresenta frases, expressões lingüísticas e movimentos ondulatórios em sua estrutura para narrar a letra de uma canção.  “O esquema da estrutura da melodia na canção pode ser repetitiva ou não repetitiva. O tipo repetitivo está mais freqüente nas músicas populares, em que o texto é modificado mantendo a mesma melodia. Essa é chamada canção com variação estrófica.”
As escutas do século XX trazem a liberdade harmônica, conhecida como atonalismo.  “Atonalidade significa a ausência total de tonalidade, fazendo uso das 12 notas de escala cromática, dando importância a todas as notas, sem a força da atração para o centro tônico.” E é nesse contexto que na música eletrônica ou concreta, o tradicional perde sentido e dá espaço à criatividade, ao teórico e ao mundo afetivo dos compositores.

Observações Sobre o Som e suas Características

CLEITOIR PINHEIRO MUNHOZ

Ao estudar a cultura musical é necessário sabermos os conhecimentos básicos concernente ao som , ruído, silêncio e aparelho auditivo.
Desde muito cedo o ser humano busca significados e comunicação por sons. “Era importante cantar para chamar a chuva ou agradecer a colheita, assim como para organizar as tarefas e atividades.” Assim as melodias extraídas, de diferentes formas foram fazendo parte da vida ordinária e impregnando-se de significados.
A Audição é dotada para estar discernindo sons, onde consegue, estabelecendo entre o mais harmonioso e menos harmonioso diferenciar melodia de ruído. Então, o som que nos chega ao cérebro pelos ouvidos possui modos de apreensão, já que difere-se quanto a música do rádio e o barulho estridente de uma retro escavadeira ou de objetos caindo e quebrando. Não podemos bloqueá-lo completamente, mas podemos escolher o que mais nos agrada. Em uma explicação mais técnica e generalizada sobre o som, ele “(...)é se dá em ondas e é proveniente das vibrações de corpos eláticos, (...) produzindo a propagação sonora.”
O som ainda é percebido quanto a sua freqüência ao longo das propagações no ar. Ele pode ser mais grave, com menor freqüência ou mais agudo, com maior freqüência. Também possui características como amplitude e velocidade.
Na breve definição de ruído tem-se ele “(...) como algo confuso, desordenado. Um som não musical e indesejado, assim como um som muito forte, pode ser chamado de ruído.” Porém os conceitos sobre esse tema mudaram conforme  e ao longo dos séculos pois a dissonância e consonância na arte podem, através da criatividade tornar-se algo prazeroso para um determinado público. Em síntese  “ os materiais sonoros – som e ruído – são concebidos e interpretados de acordo com as culturas que os  aceitam ou rejeitam no seu desenrolar histórico, podendo sofrer alterações conceituais em determinadas épocas.”
O silêncio, seria a princípio, a ausência de som, mas no entanto, no mundo das artes musicais ele é medido por grau de distanciamento do ruído, e aqui, principalmente o ruído urbano. É através de nossos ouvidos que podemos captá-lo, assim como a melodia, já que possuímos a nosso favor três partes bem distintas para apurá-lo. São elas: ouvido externo, médio e interno. No entanto, “o som que entra chega ao cérebro estimulando nossos neurônios a perceberem uma escala com grande variedade de sons.”
É importante lembrar que tanto a música apreciada quanto o ruído urbano podem prejudicar a audição ao serem ouvidos em um volume muito alto frequentemente, pois nossas células nervosas sofrem lesões com a agressão contínua podendo levar à grave perda de audição.
A princípio essa perda não é rapidamente percebida, pois é um processo. Então, para que possa ser apreciada da melhor forma é preciso atenção à altura e intensidade do que se está escutando com o intuito do deleite interior.